FAZ-ME TUA Vem, me toma, faz-me tua! Quero ser mulher da rua me oferecendo sem pejo, e perceber teu desejo crescer louco, alucinado, com a mesma ânsia sedenta que a mim me empurra, me tenta, se te sinto, aqui, ao lado. Quero ver tuas mãos nuas em arpejos delicados, percorrerem labirintos, os quais eu suponho, pressinto, não foram, sequer, desbravados. Me olharás, sim, me olharás de um modo diferente ao ver o meu corpo despido, estendido à tua frente, igual a um cordeiro inocente que, em breve, irás imolar. Vem me toma. Faz-me tua! Quero ser mulher da rua, sem vergonha... sem chorar. (Setembro - 1992) Em arpejos delicados
bem antes que rompa a aurora se definirão nossos fados como a noite, és minha, agora... A drástica decisão
que acabas de tomar é doce fruto da paixão que vou colher em teu pomar... Hluna Tudo pode acontecer no amanhã que se esconde, talvez encontre você, em algum lugar... Não sei onde. HLuna
Enviado por HLuna em 09/02/2015
Alterado em 10/02/2015 |