BRUMAS
Nada sei do meu futuro, incógnita obscura que dorme envolvida entre mistérios nas brumas insondáveis do tempo. É visão transparente e etérea que eu busco apalpar indeciso. Não diviso, sequer, as nuances que ele guarda, mesquinho, escondidas entre véus de ilusão cambiantes, que contemplo espavorido. Nessa angústia itinerante minhas carnes se arrepiam em desespero, desnudas. Cai a noite... em dia muda e a vida continua nesse martírio estafante. Alma errante, pegureira, vem aqui e apascenta os meus medos, os meus receios. Acolhe-me, menino traquinas, que hesita em abrir a cortina e tem medo que anoiteça. . . . Em meio ao teu divino arrepio
para o abraço me impelem as brumas e quanto mais em ti me vicio profana, mundana, tu me enciumas... HLuna
Enviado por HLuna em 30/09/2014
Alterado em 01/10/2014 |