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 DECADÊNCIA
 
Neste eterno labirinto
onde há muito ando perdida,
sigo apenas o instinto,
porém não acho a saída
que eu busco, que procuro
sem ver nada do futuro
que, de mim, foge e corre,
pois o dia vai sumindo,
eis que a noite já vem vindo,
e a tarde cai e morre.
Não sei onde a alegria,
que iluminou os meus dias,
sequer me sinto à vontade
neste corpo limitado,
gasto, velho, encarquilhado
pela idade. Liberdade?
Desconheço, pago o preço
ao tempo que tudo roubou.
Eu não encaro o espelho,
porque meus olhos vermelhos,
não querem ver como estou.


 
Inspirado no poema "Travessia" de Deley
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4915278


 
HLuna
Enviado por HLuna em 10/09/2014


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