SILÊNCIO
Perscrutando o espaço não achei, sequer, um rasto do nosso amor tão ardente. Era uma cena constante, eu e tu, loucos amantes, sem perder tempo, nem hora, escrevíamos a própria história, que eu cria ser pra sempre. Onde estão essas imagens, já não encontro a paisagem qu'eu julgava inda presente na minha vida, na tua, pois te lembro bela e nua nos meus braços arrebatada, ouvindo na madrugada a chuva cair, mansamente. Cantigas, doces palavras, o teu sono eu embalava... Agora, não há mais nada, em meus ouvidos o silêncio. . . . SEM ECOS...
Os ventos sopram, e lá vão-se as folhagens Estás distante de mim, agora só vejo miragens Hora passam tão depressa O relógio caminha às avessas Sentir estranho, O silêncio invade a minha cabeça Onde estão os beijos que trocamos!? As ilusões que criamos!? O amar de rosa que juntos vivemos... Será tudo passado ou o tempo nos tem roubado!? Pois ainda lembro da tua forma nua Feito loucos nos amamos naquela estreita rua... Bons momentos vivemos perante à lua... Mas o tempo passou de pressa, a brisa diz " Já não sou tua " Agora já nada sobrou, Senão a saudade do braço que um dia me acalentou Saudade da boca que me abrigou Olhar rasgado que me desnudou... Tudo foi-se com o vento... Hoje os gemidos choram em silêncio Na esperança de um dia voltar Mas ai será diferente a sua razão de a(mar)... HLuna
Enviado por HLuna em 09/09/2014
Alterado em 10/09/2014 |