SILÊNCIOS Coisas que nasceram do silêncio de uma palavra calada e temerosa, e nem sei por que tanto me abstenho de soltar a voz, ampla e poderosa. Verdes vagas do mar quebram a noite, rumor surdo no arrulho dos pardais, que se escondem a temer pelo açoite do vento e, talvez, dos temporais. Sem limite eu lanço o meu apelo muito além deste tempo, até da hora, pois preciso de amor e de desvelo, pra poder escrever a minha história. Nuvem branca que se esgarça a correr, solta, no céu, é tão somente fumaça transformada em tênue véu. . . . Expressão muda do tempo
Momento omisso da voz Segredo não revelado, instante a sós Diante de uma razão, Apenas uma imagem de mil retractos Sons calam-se diante de tal facto Como desvendar esse mistério Entender o místico por de traz do vácuo !? Compreender o vento calado, entender o seu silêncio Na mente surge o temporal, será este inócuo!? Se vozes não falam, corações não pulsam (...) Nem a inspiração se excita (...) Apenas mil retractos de uma noite muda Imagens conotadas Ilusão do amanhecer Silêncio na alvorada (...) Momento de reflexão O silêncio também fala, dizem (...) HLuna
Enviado por HLuna em 06/06/2014
Alterado em 06/06/2014 |