S U S T O Não. A cadeira de balanço não me traz qualquer prazer, tampouco me atrai o crochê. Fazer palavras cruzadas me faz triste, amargurada, sem perspectiva de vida. A velhice, minha amiga, chegou se instalou como dona, é irmã inseparável, de companhia é a dama que me segue bem de perto e olha comigo no espelho, velho, antigo companheiro de uma aurora já perdida. Se escandaliza com tudo, Não aceita o novo mundo: a juventude agitada que, na fria madrugada, faz amor como quem canta, dança, ri esperançada, não se perturba com nada, não se grila, não se espanta. Apesar dos longos anos ainda alimento meus sonhos, e afago desejos secretos. Tenho a mente livre e solta, vou à luta e, desenvolta, mando a velhice pro inferno! . . . Hull de La Fuente MEIA IDADE Da velhice sei dizer que dói muito e incomoda As rugas me dão prazer não quero seguir a moda. Com a pele esticada nas bochechas enchimento, nos deixa transfigurada com o rosto palhacento. Incomodam as tonteiras se me levanto depressa seguro-me nas cadeiras meu Deus! Que coisa é essa? Esquecer nome de gente que se viu a vida inteira é a idade inclemente de escapar não há maneira. Mas a Deus eu glorifico porque me estende a mão Pra Ele significo uma filha do coração. Obrigada Senhor Deus por me deixar viver tanto aqui junto com os meus a Ti elevo um canto. HLuna
Enviado por HLuna em 13/05/2014
Alterado em 13/05/2014 |