helenaluna

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 S U S T O
 
Não. A cadeira de balanço
não me traz qualquer prazer,
tampouco me atrai o crochê.
Fazer palavras cruzadas
me faz triste, amargurada,
sem perspectiva de vida.
A velhice, minha amiga,

chegou se instalou como dona,
é irmã inseparável,
de companhia é a dama
que me segue bem de perto
e olha comigo no espelho,
velho, antigo companheiro
de uma aurora já perdida.
Se escandaliza com tudo,
Não aceita o novo mundo:
a juventude agitada
que, na fria madrugada,
faz amor como quem canta,
dança, ri esperançada,
não se perturba com nada,
não se grila, não se espanta.
Apesar dos longos anos
ainda alimento meus sonhos,
e afago desejos secretos.
Tenho a mente livre e solta,
vou à luta e, desenvolta,
mando a velhice pro inferno!

                .  .  .

 Hull de La Fuente

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MEIA IDADE

Da velhice sei dizer
que dói muito e incomoda
As rugas me dão prazer
não quero seguir a moda.

Com a pele esticada
nas bochechas enchimento,
nos deixa transfigurada
com o rosto palhacento.

Incomodam as tonteiras
se me levanto depressa
seguro-me nas cadeiras
meu Deus! Que coisa é essa?

Esquecer nome de gente
que se viu a vida inteira
é a idade inclemente
de escapar não há maneira.

Mas a Deus eu glorifico
porque me estende a mão
Pra Ele significo
uma filha do coração.

Obrigada Senhor Deus
por me deixar viver tanto
aqui junto com os meus
a Ti elevo um canto.



 
HLuna
Enviado por HLuna em 13/05/2014
Alterado em 13/05/2014


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