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DIVINDADE

Sou eu que sondo o pensamento humano
e me deparo, em claro, com a escuridão medonha
que, abstrata, ronda e em silêncio grita
o seu triunfo, a sua louca insânia,
nas madrugadas roxas, da cor da ametista.

Sou chama livre explodindo solta,
potência orgânica, plásmica, infinita,
que muda os ventos, tolhe a tempestade
e, num segundo, prontamente arde
jorrando luz, iluminando a tarde,
numa volúpia total e irrestrita.

Sou eu que domo a ação dos elementos
e faço minhas as mãos da Natureza.
Sou que crio, que mato, que maltrato...
Sou eu que movo os dedos do destino
e te transformo o ser, aniquilado e atro,
à minha semelhança e quase, enfim, divino.

 
HLuna
Enviado por HLuna em 31/03/2014


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