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  PENITÊNCIA
 
Na noite, no dia,
nas horas de poesia,
olho o sol e olho a lua
que nos céus passeiam belos,
com seu cortejo de cores,
azuis, brancos, amarelos
que, a mim, parecem flores
perfumando o meu castelo.
Perambulo pelas ruas
na calada madrugada
enfrentando a ventania,
que se faz cortante e fria,
a troco de quê? Talvez nada.
Terra estranha, sóis pungentes,
estrelas brilhantes, cadentes...
Naufrago num mar de sonhos,
e nos versos que componho
como fosse um penitente.


HLuna
Enviado por HLuna em 13/05/2013
Alterado em 13/05/2013


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