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TORMENTO

Eu escrevo meus poemas,
minhas pobres poesias,
na madrugada vadia,
longa, fria companhia,
que não adivinha, não sabe,
o que é que, a mim, me cabe,
o que busco na verdade,
não apenas fingimento.
Sem fazer qualquer esquema
por entre sonhos divago,
e me pergunto, indago,
aonde irá meu pensamento,
que se esgueira sozinho
por becos escuros e mudos,
procurando um caminho,
tentando reter o momento,
que se esgarça qual fumaça,
silencioso e calado,
meio que desesperado
- um dos mistérios do tempo.
Vão-se os dias, vão-se as horas,
é tão breve este agora,
e eu parada na estrada
vejo que não sei de nada...
Quão enorme é meu tormento.

                 .  .  .


Eu não sei o que procuro

pelas vielas, no escuro

na solidão de minh'alma

que nem a noite me acalma

pois sigo sem direção...

Eu não sei se é verdade

desculpa ou fatalidade

para encontar companhia

que me conceda alegria.

e paz ao meu coração...

Só que nesta amargura

vou dentro da noite escura!

                                 
 Obrigada, Milla, pela bela interação.

HLuna
Enviado por HLuna em 09/03/2013
Alterado em 09/03/2013


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