SEMEADURA Chuva de insondáveis pensamentos enigmáticos, escuros, não os entendo, eu juro, parece me chegam no vento. Madrugadas de vigília... vivo só em minha ilha, distante, longe de tudo. Não pergunte, eu sou mudo, cego sou, pois nada vejo: nada sei dos meus desejos, mas o que não sei eu invento só por mero passatempo, para dar brilho à palavra chama clara que irradia e que, a mim, me propicia semear na própria lavra na noite, também no dia. . . .
COLHEITA (Lucas Kind)
Escorrem incontáveis sentimentos Fleumáticos, absurdos Não os prendo nem os curo Deixo-os ir a contento Aninhados em matilha Nunca seguem a cartilha Avante, vêm do profundo Não me questione, contudo Se sentimentos almejo Nem a quais sonhos ensejo Só sei que já passa o tempo Que colher é meu intento Não desejo a raiz brava Meu arado principia Ara a terra em primazia A semente é a palavra Colho versos cada dia! HLuna
Enviado por HLuna em 12/06/2012
Alterado em 12/06/2012 |