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MANSIDÃO
 
Falo-te, falo-te sem descanso
de tudo, tudo aquilo que desejo,
da graça sempre etérea do teu beijo,
que esvoaça em doce arpejo,
para mim, terno remanso.

E essa estrela trêmula que brilha
noite a dentro - maravilha,
quero tê-la, não alcanço.

Nada resta, nada resta a dizer-te,
só o medo, medo insano de perder-te...
Ah, amor, me chega manso.

           

 Lucas Kind

MÃOS SE DÃO

Afago-te, afago-te bem manso 
Com tudo, de todo benfazejo 
De graça, sempiterno, num solfejo 
Te abraço em relampejo 
Para ti, o mundo alcanço 

E essa flâmula que tremula 
Definindo tua trilha 
Me conduz ao teu encalço 

Nada presta, nada presta sem ver-te 
Me empenho, agora, em te querer 
As mãos se dão, avanço...




HLuna
Enviado por HLuna em 25/05/2012
Alterado em 25/05/2012


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