PEREGRINO Nuvem densa e escura que torna cinza a paisagem aumentando a amargura, apaga qualquer imagem dos dias ternos do ontem, que se foram atrás dos montes, se esfumaram qual miragem. Peregrino desvalido eu caminho entristecido, corpo gasto que arrasto pela estrada sem ver nada. Na confusão da loucura minha alma é aventura, é pássaro alado que voa sobre as águas da lagoa feliz, alegre, contente, olhando a estrela (sem tê-la) com seu brilho reluzente. Sem assunto me pergunto entre espantado e calado: antes de tornar-me gente, o que fui... antigamente. Inspirado no belo poema "Reticências" de Deley http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdetristeza/3676853 HLuna
Enviado por HLuna em 20/05/2012
|