RECONSTRUÇÃO No chão, no vão, nos sonhos interrompidos, tu caminhas altaneira na escura madrugada deslizando bem ligeira como se pesasses nada, sem fazer qualquer ruído. Na loucura da visão (terei, eu, enlouquecido?), eu te sinto por inteira, silenciosa e calada, uma linda feiticeira que passa a noite acordada colhendo sonhos perdidos. Não hesito, dou-te a mão, meio ainda adormecido na esperança alvissareira de que tu, que és minha amada, serás a mulher rendeira que, com seus dedos de fada, refazerá o bordado que pensavam destruído. À luz clara da alvorada, se fará a caminhada. Para Deley e seu belo soneto "Nuvens" http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3548914 HLuna
Enviado por HLuna em 17/05/2012
Alterado em 17/05/2012 |