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ORIGENS
 
Eu nasci de eras vagas,
de sementes indecisas,
plantadas ao sopro da brisa
que as espalhou pelo espaço
sujeitas ao canto de Deus.
Terá, mesmo, sido eu?
No pó girei, só vertigem,
não tinha a graça de um cisne,
como flor brotei ao léu
sob a proteção do céu,
e na terra escura e dura
espalhei minhas raízes
misturando os matizes.
Daí pra frente eu não sei,
de tudo, parece, eu esqueço,
já não sei qual o começo
se é sonho ou pesadelo,
senti fremir os meus pelos
numa centelha de vida.
Bela, pura criatura,
anjo de asa caída,
que ainda erra e carrega
o peso dos seus pecados,
indissolúvel bagagem,
buscando ser perdoado
rumo à perfeição eterna.


 
HLuna
Enviado por HLuna em 29/02/2012
Alterado em 29/02/2012


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