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RECONSTRUÇÃO

A saudade arde
nas madrugadas acesas,
se lembro que foste embora,
sem aviso, porta afora,
deixando-me aturdida... e surpresa.

No fogo que me consome,
às vezes grito teu nome
para calar esta fome,
que me invade a realidade,
sem esperanças, nem teto.
O que faço não disfarço
e, no desfecho do ato,
sinto-me um ser abjeto.

Mas o orgulho fortalece
a minha alma ferida
que, rija, não desfalece,
encontra forças na prece
pra refazer sua vida
e traçar novos projetos.


José de Castro
Tristeza não põe mesa.
Mas o vinho da saudade
trinca no cálice
e o bebemos assim mesmo.


HLuna
Enviado por HLuna em 26/12/2011
Alterado em 26/12/2011


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