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DESENCONTRO

Perdi-me de mim e comigo,
querendo estar só contigo
na vida, assim resumida
que se vai, vai de corrida,
enquanto eu fico parada
no mesmo lugar, sem ver nada.

Quisera ser a tua estrada,
sem limites, sem fronteiras,
sem subir qualquer ladeira
- ser a tua namorada.

Porém passou o momento
tão ligeiro quanto o vento,
que nem me dei conta que ias
por outro caminho, sem vias,
e eu sozinha no frio,
gemia angustiada.

De que servem essas lembranças
que a saudade mal alcança,
se não existe esperança,
o sol já se põe, finda a tarde:
a fogueira apagou-se, não arde.

Somos barcos desgarrados
que se cruzaram sem ver,
sem se encontrar, sem dizer
o que guardavam no peito.

Pena... Agora, não tem jeito.

HLuna
Enviado por HLuna em 27/11/2011


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