BLACK OUT Lançando luzes difusas que se movimentam inseguras no teto, nos móveis, no chão, a vela, em cima da mesa, contempla o relógio parado que permanece calado: não diz que sim, nem que não. Tremula a chama com graça ao vento frio que passa cantando junto à janela sua insistente canção. Olho e penso: sim, é bela a chama brilhante e singela vermelha - ou será amarela? da vela serena e tranquila, enquanto as cadeiras em fila lembram crentes em oração. Tênues manchas que se alongam mesclando luzes e sombras num silêncio companheiro quase sem definição. A vela de cor ambarina, nesse momento que é dela, é realmente rainha brilhando clara, sozinha, no meio da escuridão. HLuna
Enviado por HLuna em 03/12/2006
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