helenaluna

Versos Diversos

Textos



BLACK OUT


Lançando luzes difusas
que se movimentam inseguras
no teto, nos móveis, no chão,
a vela, em cima da mesa,
contempla o relógio parado
que permanece calado:
não diz que sim, nem que não.

Tremula a chama com graça
ao vento frio que passa
cantando junto à janela
sua insistente canção.
Olho e penso: sim, é bela
a chama brilhante e singela
vermelha - ou será amarela?
da vela serena e tranquila,
enquanto as cadeiras em fila
lembram crentes em oração.

Tênues manchas que se alongam
mesclando luzes e sombras
num silêncio companheiro
quase sem definição.
A vela de cor ambarina,
nesse momento que é dela,
é realmente rainha
brilhando clara, sozinha,
no meio da escuridão.



HLuna
Enviado por HLuna em 03/12/2006


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras