PROTESTO Não sei bem por que escrevo... aliás, nem sei se devo prosseguir nesta labuta dificultosa e que custa dias, noites mal dormidas, tentando entender por que a vida machuca sem piedade, esquecida da bondade com que deve me tratar. Não sei, não, porém a mágoa enche os meus olhos d'água - ponho-me, então, a chorar. Vida louca desabrida, que passa, que vai de corrida, sem olhar, sequer, pra trás. Para um pouco, se demora, conforta-me a carne alquebrada, consola minh'alma cansada, escuta o som dos meus ais. Vida doida, vida insana, que além de tudo profana a sorte da tua cria numa eterna tirania fazendo ruir seu castelo, e o sonho de amor - o mais belo. Tu que sempre me maltratas, diz-me onde escondeste (ou, acaso, tu perdeste?) a minha taça de prata, aquela a mim prometida quando nasci. Vida, vida! HLuna
Enviado por HLuna em 20/05/2011
Alterado em 20/05/2011 |