As asas batendo,
ligeiras e leves,
na certa são feitas
da gaze mais fina:
transparente cortina
que compõe a vidraça,
mais parecem fumaça
a embaçar-me a retina.

Tão tênues, tão frágeis...
eu creio são parte
do arco das cores
que as pinta e repinta
encantado de vê-las
a bailar como estrelas
nessa dança fluída
- bailarinas da vida.
Inda agora chegaram,
já estão de partida.