DESPRETENSÃO Na página em branco procuro os cantos para escrever. De andar no meio, tenho receio, tenho receio de me perder. Me assusto à toa com coisas tolas... Sou distraída. Ando na vida fitando os montes que, no horizonte, se perdem, longe, em tons azuis. Olho pro alto. Não para o asfalto. Por isso, às vezes, eu piso em falso e me atrapalho com os próprios pés. Porém não ligo, logo me aprumo. Vou no meu rumo seguindo em frente cerrando os dentes, com força e garra, trilhando a estrada que, ainda, resta. Se é o fim da festa? Eu ignoro. Mas não deploro. Já tive tudo. Para que mais? HLuna
Enviado por HLuna em 17/10/2010
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