Um MERGULHO NA HISTÓRIA da minha vida não me aponta qualquer SEGREDO ou fato escabroso que venha a OBSCURECER minha integridade pessoal.

             Venho percorrendo a mesma VEREDA em DOCE E CALMO EMBALO, adepta que sou da paz e do sossego. É INTEIRAMENTE IMPLAUSÍVEL que eu venha a tomar parte nesses folguedos que atravessam a noite fazendo com que seus frequentadores girem num FLUXO CONSTANTE e cansativo até que raie o sol e os lembre de que é hora de parar.

             Prefiro passar as noites em casa, rodeada dos filhos e dos netos, vendo um bom filme ou lendo algum livro que acrescente alguma coisa ao pouco que tenho.

             Mesmo quando jovem não era muito dada a festas e bailes. Preferia um local gostoso para bater papo com a turma e terminar a noite num passeio á beira mar, olhando a lua naquele chamego amoroso em que os enamorados ficam - despercebidos e esquecidos.

             Já me disseram que tenho um TALENTO PATÉTICO para a mesmice. Até mesmo minha filha concorda  que sou um tanto devagar, mas que hei de fazer se sou assim? E devo dizer que a opinião alheia em nada OBSCURECE MEU EGO que se mantém sempre altivo.

             Se alguém achar ESTRANHA essa PARTE de mim, paciência, não empregarei qualquer MEIO INCOMUM para mudar meu modo de ser. Sou como sou, quem gostar - tubo bem, quem não gostar, ora, que vá... plantar batatas


                    
                                     Helena Luna
                                       set-2006



              (Exercício para a aula de Criação Literá-
               ria da próxima quinta feira. Tema livre
               mas utilizando as palavras que aparecem
               em maiúsculas)