S I N A
Foram muitos. Não sei bem...
Talvez fossem mais de cem, que só por divertimento vieram a correr, desabridos, perscrutar a cor da dor e espiar meu sofrimento. Numa avidez coletiva desnudaram minha alma, pesquisaram minha vida e as expuseram aos olhos de toda cidade rapace. Resisti a esse embate e o amarguei em surdina. Se essa é a minha sina ninguém a rouba - ela é minha, e na desventura, sozinha, a mim, só me cabe aceitá-la.
HLuna
Enviado por HLuna em 06/09/2006
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