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Um gato preto,
cego e sem jeito
andando, quieto, na rua escura.
Seria dia, ou noite pura?
Quem lhe diria?
Ninguém sabia.
Ninguém sabia, sequer, que existia
um gato preto, cego e sem jeito,
andando, quieto,
na noite escura.

          . . .

Um gato preto cego de um olho
No beco escuro a caminhar
Uma porta encontra sem o ferrôlho
E uma lamparina a iluminar
O gato preto não titubeia
Entra na sala dá uma volta e meia
Sua existência quer revelar...
                                    Hull de La Fuente
HLuna
Enviado por HLuna em 21/04/2010
Alterado em 23/04/2010


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