RAÇA INDÔMITA
Como as cartas de um baralho
que se misturam na mesa, a vida é constante surpresa: desconexa, às vezes bruta, traz dor, desamor - é disputa jogada entre os dados da sorte. Semeando angústia e medo esconde, voraz, seus segredos nas profundezas de um cofre. Brande louca o seu cutelo, mostra os dentes amarelos, ri, gargalha e zomba rude abrindo a boca faminta, e devorando, indistinta, o homem que crê e se ilude. Saco rápido a minha espada e com destemor vou à luta. Vida - velha prostituta, abre o jogo, exibe as cartas! Não me intimida a batalha, tenho a mão e o braço fortes. No meu rosto eu trago a marca da supremacia da raça, que vão ao chão humilhada, mas depressa se levanta e faz estalar o chicote.
HLuna
Enviado por HLuna em 19/08/2006
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