METAMORFOSE
Que me importa, a mim, que eu morra
e algum verme me corroa se não mais estou presente? Ali dorme a massa informe que cobriu meu corpo em vida. O eu real está ausente, voa longe, em liberdade, consciente além das grades do cárcere que, então, o prendiam. Na dura metamorfose o seu brilho luminoso expandiu-se generoso, e subiu alto no espaço: pintou cores, riscou traços e num rasgo de loucura, sublimando a própria espécie, misturou-se à luz da lua e fez o dia que amanhece.
HLuna
Enviado por HLuna em 05/08/2006
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