LUXÚRIA
A boca da Noite é uma chama
viva, rubra, que cintila. Posso até ver como brilham seus olhos já preparando o bote que vem armando, em sensuais emboscadas, fazendo acenos obscenos. Não posso fugir ao chamado dessa vulgar prostituta que se despe, se oferece com os lábios entreabertos em plena rua deserta, prenhe de amor e luxúria. Corro, então, ao seu encontro como um bêbado, como um tonto e me entrego confiante. A Noite, esta noite é minha amante! Que louco, que estranho suplício, me sinto vagando perdido no cáos degradante do vício.
HLuna
Enviado por HLuna em 25/07/2006
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