CALAMIDADE Molho os pés na poça insossa que se formou bem à porta, quando a chuva desceu forte alagando todo o pasto, o gado, a semente inocente que, alheia e displicente tentava brotar calma e frágil. Inda ontem a seca brava de sede, inclemente, matava animais, homens sem nome, e o presente sem passado que acabou crucificado no mesmo lugar em que viu morrer,só, abandonada, aquela que, um dia, o pariu. HLuna
Enviado por HLuna em 19/12/2009
Alterado em 19/12/2009 |