METAMORFOSE Que me importa, a mim, que eu morra e algum verme me corroa se não mais estou presente? Ali dorme a massa informe que cobriu meu corpo em vida. O eu real está ausente, voa longe, em liberdade, consciente, além das grades do cárcere que, então, o prendiam. Na dura metamorfose o seu brilho luminoso expandiu-se, generoso e subiu, alto, no espaço: pintou cores, riscou traços e, num rasgo de loucura, sublimando a própria espécie, misturou-se à luz da lua... e fez o dia que amanhece. HLuna
Enviado por HLuna em 13/09/2009
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