MUITO ALÉM Todo dia eu parto um pouco. Meses vão-se consumindo, minutos se afastam apressados tão ligeiros que nem sinto: inda a pouco os tinha aqui, mas já se foram roubados. A tensão, ás vezes, cresce e me seca a boca amarga. é bem pesada esta carga que, contrafeita, carrego enfraquecendo-me as forças, me abatendo sem remédio. Porém chegará o dia em que aquela que me espera me dirá abrindo a porta: entra, amiga, a casa é tua, vem sem medo... continua... a hora chegou, o teu dia. Não olhes pra trás, vem, depressa! Então plena de euforia saltarei sobre o abismo esquecendo o formalismo corpo solto, alma leve, ansiosa por partir e saber o que acontece. HLuna
Enviado por HLuna em 21/08/2009
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