COVARDIA Quando estás junto a mim, sorridente, me percorre um arrepio como o sopro de um vento bem frio que perpassa à minha frente trazendo, assim, de passagem um prenúncio, inquietante miragem d'um inverno tedioso e sombrio. E me encolho medroso temendo saber a verdade, que se esconde na amizade do teu beijo carinhoso, tão distante e distraído como fosse concedido por pura causalidade. Sou covarde: eu sei e o digo. Mas quero-te, aqui, ao meu lado como um pássaro assustado a procura de abrigo que encontrarás no meu peito, no aconchego do meu leito, no silêncio do meu quarto. HLuna
Enviado por HLuna em 19/05/2009
Alterado em 20/05/2009 |