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RAÇA INDÔMITA

Como as cartas de um baralho
que se misturam na mesa,
a vida é constante surpresa:
desconexa, às vezes bruta,
traz dor, desamor, é disputa,
jogada entre os dados da sorte.

Semeando angústia e medo
esconde, voraz, seus segredos
nas profundezas de um cofre.
Brande louca o seu cutelo,
mostra os dentes amarelos,
ri, gargalha e zomba, rude,
abrindo a boca faminta
e devorando, indistinta,
o homem que crê e se ilude.

Saco rápido a minha espada
e sem temor vou à luta.
Vida - velha prostituta,
abre o jogo, exibe as cartas,
não me intimida a batalha,
tenho a mão e o braço fortes.
No meu rosto eu trago a marca
da supremacia da raça,
que vai ao chão humilhada,
mas depressa se levanta
e faz estalar o chicote.




HLuna
Enviado por HLuna em 17/05/2009
Alterado em 17/05/2009


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