NATURALMENTE A árvore nascida ali, naquela mata escondida, brotou expontâneamente de uma semente erradia que, um dia, no sopro do vento, caiu do céu, das alturas, e entranhou-se mansamente na terra molhada e escura. Alheia aos cuidados da sorte não se incomoda com a vida, não pensa, tampouco, na morte. Vive tranquila e discreta protegida na floresta, distante de olhares impuros. De manhã o sol a beija, ternamente acaricia sua folhagem macia com um toque enamorado. A chuva, na madrugada, traz o frescor necessário completando esse trabalho que a natureza comanda, sem propagando, sem festa, na hora precisa, sem pressa, brotando em total abundância. A Natureza modesta não espera qualquer gesto de incentivo ou aplauso. Prossegue exímia, inconsteste, distribuindo benesses ao frio orbe terrestre o seu filho mais dileto, o preferido, o mais caro... mas falso perjuro e abjeto. HLuna
Enviado por HLuna em 02/05/2009
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