O BESOURO Parado no ar, indeciso, um besouro pequenino reflete o sol natutino expandindo suas asas. O seu corpo esverdeado exibe alguns pontos dourados - como a cor do meu gramado ao cair da tarde quente que se apaga, lentamente, se recolhendo cansada. Egresso da mata ele voa sobre as águas da lagoa com uma tal graça singela, que me quedo ensimesmado contemplando o ser alado, esvoaçando ligeiro no seu "looping" aventureiro, enquanto se atira, atrevido, sobre a folhagem do prado num voo quase rasteiro. Pequeno besouro inocente, destemido, persistente, qual será tua mensagem? Tens em ti um dom divino, ó exímio dançarino, valente guerreiro arrojado. A tua presença marcante é parte precisa, integrante na qual se completa a paisagem mostrando, de modo inconteste, que a tua existência modeesta não passa despercebida: mesmo que em forma diversa, ainda assim é uma vida. HLuna
Enviado por HLuna em 14/01/2009
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