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Debruçada na janela
do tempo que vai-se escoando,
eu vejo passar em bando
memórias e fatos antigos.

O doce período da infância,
os sonhos fantasiosos,
as alegres brincadeiras
e, também, a vez primeira
em que me dei conta, insegura,
de que era uma menina
e não um moleque de rua.

Eis já chega a mocidade
e os primeiros namoricos,
calados, a medo escondidos,
onde só se permitia
os passeios de mãos dadas...
talvez, um beijo furtivo.

Tudo são águas passadas
que o tempo levou de roldão.
Só deixou a mim lembranças
e um perfume embrionário,
que se espalha, involuntário,
vagueando agonizante.
Traz um cheiro de saudade,
traz de volta a emoção.
Mas é só por um instante.
Bem depressa ele se evola...
e o que resta é solidão.



HLuna
Enviado por HLuna em 18/11/2008


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