REVÉS Tenho os pés atolados na lama, minha boca está cheia de palha e os vestidos que cobrem meu corpo lembram, mais, o trajar de algum morto: assemelham-se à própria mortalha. Perseguido por longos revezes eu me ponho a clamar, muitas vezes, num acesso de raiva incontida. Magnifico começo de vida! Tive graças e sonhos risonhos que, agora, me soem medonhos pesadelos carniceiros, que me algemam, prisioneiro, retardando-me a partida. HLuna
Enviado por HLuna em 16/11/2008
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