BONANÇA Eu quero ver-te o corpo que, lindo, eu adivinho se desnudar pra mim, talvez, um pouco a medo a exibir, macio, nas dobras do meu leito todo um poema em flor coberto de mil luzes. Será a apoteóse, a glória desejada, tocar com minhas mãos o cume dos teus seios e me sentir levado nas vagas do oceano um náufrago impotente, prestes a se afogar. Já, pronto, o pensamento ligeiro se aquieta, o corpo em fogo, há pouco, se acalma bem depressa... O que nos une, agora, é só uma lembrança que brilha nos teus olhos, serenos de criança, como um dia de sol depois da tempestade. HLuna
Enviado por HLuna em 14/11/2008
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