BRUMAS Nada sei do meu futuro, incógnita obscura que dorme envolvida entre mistérios nas brumas insondáveis do tempo. É visão transparente e etérea que eu busco apalpar indeciso. Não diviso, sequer, as nuances que ele guarda, mesquinho, escondidas entre véus de ilusão cambiantes, que contemplo espavorido. Nessa angústia itinerante minhas carnes se arrepiam em desespero, desnudas. Cai a noite... em dia muda e a vida continua nesse martírio estafante. Alma errante, pegureira, vem aqui e apascenta os meus medos, os meus receios. Acolhe-me, menino traquinas, que hesita em abrir a cortina e tem medo que anoiteça. HLuna
Enviado por HLuna em 12/11/2008
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