VAGABUNDO Não, eu não quero o que me ofertas. Não quero sentir-me preso aos teus braços, ao teu corpo e naufragar nos teus olhos, que me olham suplicantes pedindo, ao menos, que eu fique mais um pouco... um instante. Não quero prender-me a cadeias que tolham meus passos, meu rumo. Eu quero seguir sem ter prumo e mergulhar fundo em nuvens frondosas e vaporosas, para emergir, satisfeito, sem nada a quebrar meu deleite por entre as estrelas serenas, banhado de luz ao luar. Não posso, nunca, te amar do jeito que tu pretendes: prefiro os prazeres do mundo. Perdoa e me esquece, querida, serei sempre um vagabundo. HLuna
Enviado por HLuna em 28/10/2008
Alterado em 28/10/2008 |