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SEMEADURA

O vento soprou levemente
embalando as folhas novas.
As flores abriram as corolas
e soltaram seu perfume
que adejou um momento,
temente, talvez indeciso,
sem saber onde pousar.

O vento levou-lhes o aroma
e o espalhou pelos ares.
Debulhou secas smentes,
derramou-as sobre a terra,
percorreu matas, florestas,
numa promessa fecunda
de florir na Primavera.

Caro vento, velho amigo,
que leva junto consigo
esperanças disfarçadas
semeando-as pelo mundo.
Velho vento, caro amigo,
demora, ainda, um segundo:
me toma, me leva em teus braços
e lá, do limite do espaço,
cantarei teu supremo triunfo.

HLuna
Enviado por HLuna em 27/10/2008


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