PESARES As lágrimas que calo escondidas me rolam na face abatida noite a dentro, madrugadas, deixando alguns rastos molhados que lembram pegadas bizarras da chuva a escorrer nas calçadas. No silêncio do meu quarto os meus olhos estão fechados. Somente o abajur - apagado, presencia o desabafo que ocorre às horas mortas, escondido atrás das portas, tão pungente e dolorido. Quem me vê não desconfia da mágoa, da dor, do desgosto que existe encoberto em meu rosto empanando a alegria. Apenas os sulcos marcados e meus olhos sem luz, apagados, refletem o longo martírio, oscilante imprevisível, que separa o equilíbrio entre a entrada da clausura, e o passo final da loucura. HLuna
Enviado por HLuna em 08/09/2008
Alterado em 08/09/2008 |