TRANSPONDO O MURO Se canto a mulher me parece não haver comparação entre a forma gentil, feminina, e o corpo masculino: pesado, arrogante... machão. Também há um outro lado sonhador, que em mim existe. Algumas vezes sou triste... Não foi-me dada a ventura de conhecer a paixão em sua forma mais pura. Fantasio, então, imagens... simulo ser eu a musa que se deita, quase nua, esquecida do recato e bebe, sedenta, as loucuras que se escoam abundantes da fonte onde os dois amantes se banham, esquecidos, entre abraços. Sou aquela que inspirou alguns versos exaltados, que falam da carne macia, dos seios quentes, rosados, e da hora tão sublime em que, plenos de euforia, libertamos nossos medos e nos perdemos bem fundo nas delícias do pecado. É assim que eu transponho o meu mundo rotineiro: a palavra é minha arma, o sonho meu conselheiro - crio, invento, amo, odeio... e através da minha escrita faço a vida mais bonita para mim... para você. HLuna
Enviado por HLuna em 16/07/2008
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